quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Desobedeço




"Não, não, NÃO! Não posso!!", tenta fazer-me ouvir o resquício de consciência acuado num cantinho da mente pelo brainstorm de melodias, cores, sentimentos e a vontade de largar a matemática cotidiana que me aprisiona num caminho cuidadosa e laboriosamente ladrilhado, supostamente mais seguro e certamente mais chato. Esse não-querer silenciado pela rotina explode, alastra-se sem dó sempre quando mais quieto devesse estar; pressão em cima da prisão dá nisso. Depois de cuspir tudo num papel virtual, tento sair catando os passarinhos, tão felizes com seus segundos de liberdades, e guardá-los novamente na gaiola. Piam triste, mas a madrugada é curta e a trombeta militar soará impiedosa logo que amanhecer.

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