terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Mordendo a língua - Não esculhambe as roupas antigas da sua mãe



Dia desses, procurando novas opções pro guarda-roupa, minha irmã desencava um short da minha mãe que tem quase a idade dela, daqueles no melhor estilo 'centropeito', e ele vira a sua menina dos olhos. E eu com aquela cara de 'Q', mas vamos sair da nossa comfort zone, abrir a cabeça pras coisas novas, né?


No começo da minha adolescência, a moda eram aquelas calças baixíssimas, de dois dedos de zíper, que requeriam proteção antifurto pro cofrinho (que certamente ficaria à mostra mais cedo ou mais tarde). A gerência (leia-se: os pais) vivia esculhambando, falando dos pãezinhos que ficavam de fora, dos buxinhos que o cós baixo demais criava e tudo mais. E a gente, da ala sub-20 (minha irmã, inclusive), defendendo com unhas e dentes: "Muuuuito melhor do que aquelas calças enoooormes, 2 em 1 (calça e sutiã) com o bolso no meio das costas! Deeeus me livre, que horroor, nunca que eu vou usar uma coisa dessas!".
Mas a moda, meus amigos, é um vai-e-vem pior que engasgo de fusca. De uns aninhos pra cá, a cintura foi subindo, subindo, subindo até o ponto em que não é mais cintura, já virou subpeito.

Como não sou das mais ligadas nessa história de moda (os outros é que acabam me ligando nas coisas do gênero, principalmente a mana), ela foi socializar comigo todo o seu conhecimento sobre as tendências atuais. E, ao som das tiradas de sarro de mamãe ("Quem foi que disse que nuuuunca ia usar calça nessa altura????"), ela foi mostrando que a galera de hoje em dia tá de complô com o pessoal dos anos 80. Diz se você não lembra logo do povo chique daquelas novelas tipo 'Sassaricando' ou 'A gata comeu' (memórias by Túnel do Tempo do Video Show, né? A fonte original é muito antiga pra produzir lembranças diretamente):



Tá, cintura alta tem suas vantagens, esconde os pãezinhos, modela mais o corpo e talz, com os bolsos no canto certo a gente aceita. Mas, irmã, o povo num tá vindo com aquelas marmotas de ombreira de novo não, né?

HAHAHA, quanta inocência a minha!

"Aaaai, irmã, tá voltando fortííssimo!"



Tá bom, tá bom, TÁ BOM! Eu me rendo. Eles mudam umas coisinhas, fica bonitinho e dá pra usar. Tem só uma coisa que, PELO AMOR DO SANTO, NÃO TRAGAM DE VOLTA.




Aqueles cabelinhos que gritam: "HIDRATAÇÃO, POR FAVOR!", ou "Mamãe, me dá reparador de pontas". Aí já é esticar demais a baladeira, né???? Mantenhamos o senso.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Como escolher quem beijar nos tempos modernos

Estava eu ontem em uma festinha, e comecei a observar a dinâmica do fica e que variáveis regem essa forma de interação tão disseminada nos nossos dias. Obviamente, a primeira característica que se observa é que, salvo algumas exceções (cada vez mais comuns, diga-se de passagem), os critérios utilizados pelos XY divergem quase completamente dos adotados por nós, XX. Limitaremos a nossa análise à parte mais simples: os homens, claro.



Também deixando de lado as exceções (que, nesse caso, fazem é desaparecer cada vez mais), a escolha masculina da pessoa a interagir se baseia fundamentalmente em um quesito: a aparência. Isso, de fato, não é estranho a ninguém. O mais engraçado, no entanto, é ver o nível de exigência diminuir proporcionalmente ao avanço do estado de embriaguez dos moços, ao ponto em que, no fim da festa, você sempre acaba encontrando pelo menos um cara dando em cima do coqueiro.



Pobres de nós, garotas solteiras não tão bonitas assim, ou não raparigamente vestidas, que temos que aturar bêbados babacas a festa inteira, até que apareça uma rara exceção. O mais interessante nisso tudo é que, quando um dos que ainda se encontram em condições de andar em linha reta e manter os olhos mais que semiabertos sem maiores dificuldades, chega pra CONVERSAR com você, se mostrando capaz de manter uma troca racional de informações não relacionadas a 'por que você não me beija logo?' por mais de 5 minutos, ele se interessa (e a gente também)!!!! Fica a dica, queridos rapazes do meu Brasil: repensem.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Comecemos os trabalhos

Depois de conservar meu eu blogueiro adormecido por uns 5 anos ou mais (da época daquela primeira febre de blogs quando eu ainda era piva demais pra postar qualquer coisa mais complexa que as incríveis peripécias do recreio da escola...), resolvi inserir de novo essa ferramenta no meu cotidiano. Não tenho muitos objetivos específicos com isso, apesar de o motivo-guia ter sido a vontade de voltar a escrever em prosa; portanto, vou começar sem promessas, colocando o que as coisas que forem acontecendo à minha volta (ou não) me inspirarem a colocar. Deixemos claro, no entanto, a quem interessar possa (ninguém, no momento), que também não vou transformar isso aqui num "Querido Diário". Aí já é putaria, né? Mantenhamos um mínimo de senso do ridículo e privacidade.

De início, pelo visto, isso aqui funcionará como uma saída pros pensamentos que excederem os 140 caracteres do Twitter (@nicolepin, pra quem quiser seguir - gente, como eu uso parênteses O.o). Vejamos aonde isso vai dar.

Beijos beijos