terça-feira, 26 de abril de 2011

Levar de mim

Música nova, meio samba, meio bossa, meu momento quase inteiro


Ah, isso não se faz
Como você pode
Ir embora de repente
E me levar de mim?

Sim, me doei
Dei até o que eu não tinha
De bom grado, de fato
E perdi

Me perdi
Não olhei pro lado no caminho
E agora não sei mais voltar
Nem a trilha que eu seguia
Existe mais

Então, um último favor
Me manda a mim
Por correio ou encomenda
Se lembrar o endereço
Se tiver algum apreço
Por quem eu mereço ser

Bota junto um instrumento
Pr'eu poder abrir picada
Nessa mata escura e densa
Labirinto que cresceu
Num piscar do meu olhar

(21/03/2011
23h59min)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

SINESTESIA

Tenho muito carinho por essa música ^_^


Paro no meu pensamento
Vou, respiro fundo o mundo e me deixo desconectar
Pelo inebriante tormento
Que me draga a uma realidade tão caleidoscópica

Onde o ar tem voz bem sussurrada
Sensação de madrugada e gosto de sal
E a alma dança num embalo de balada pop soul
Esse deleite quase musical

Dá pra ver
O brilho dos teus olhos beijando os lábios meus
O beijo da tua boca colorindo o meu ser
O calor do teu corpo embriagando meu ver
E um arrepio...

Rompo meus grilhões de vez
Abraço o talvez e me dou o direito de experimentar
O turbilhão profuso
Que me toma e dispara essa viagem sinestésica

Desfaz barreira espaço-tempo
No intento de aproximar um pouco teu mento do meu
Mesmo que só por um momento interminável
Alucino ser palpável o que aconteceu

Dá pra ver
O brilho dos teus olhos beijando os lábios meus
O beijo da tua boca colorindo o meu ser
O calor do teu corpo embriagando meu ver
E um arrepio

Me fisga de pronto e faz aterrissar
Encaro o teto
Odeio o tic tac do relógio atrasado
Que no tempo certo gira

Se querer é poder, não há como evitar
Eu fecho os olhos
E sigo o som do devaneio doce
Que vicia sem retorno e me faz voltar

Só pra ver
O brilho dos teus olhos beijando os lábios meus
O beijo da tua boca colorindo o meu ser
O calor do teu corpo embriagando meu ver
E um arrepio...

sábado, 9 de abril de 2011

Tanta coisa...


No papel em branco
Grafite não riscado
No olhar perdido
Pensativo, desencontrado
Nessa eterna hesitação
Jazem todos os caminhos
Simultâneos, sem destino
Regados a mel e tanino
De se percorrer sem discorrer
Um transcorrer recorrentemente cíclico
Vicioso