
Dói.
E como...
Fazendo uso de meu condão, como que treinado para fazer dos melhores prólogos um epílogo de uma folha só, estendo-te uma rosa, minha melhor rosa, jamais vista por ninguém. Preocupada em alertar-te sobre um pequeno espinho, imperceptível aos teus olhos, furo-te a carne, extraio-te sangue. Meu sangue. Uma gota tua me faz anêmica, e isto só porque diminuiu o brilho dos teus olhos. Enquanto dormes, devaneio. Me invade o medo de que o trabalho de tua medula restitua-te o teu sangue, mas não o meu. E se meu espinho levou aquela gota de brilho? Traço, então, um plano de vida ou morte: jogar-me pelo labirinto da tua alma, sem olhar para trás nem deixar pista para retornar. Hei de achá-la e, uma vez encontrada, não me importa mais voltar.
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